Habitação da Amelia

Suspirei. Não sei se era de alívio ou de raiva - Obrigada - disse baixinho, mas não tive a certeza que ele ouviu. Prossegui - Sim, devia comer qualquer coisa. - respondi, levantando-me, e percebi as minhas indelicadezas - E tu também... 

Ela ficou com fome, entao fui ajuda-la na cozinha. Acho que ela ficou admirada por eu cozinhar, via-se mesmo que ela tinha má imagem minha. Comemos qualquer coisa e ajudei-a a arrumar a cozinha. Ela ia fazer grande asneira a limpar a loiça. Fui por tras dela, esticando-me para lhe tirar a faca das maos, ela ia cortar-se se assim a limpasse.
-Faz assim. - Expliquei-lhe lentamente, so me apercebi de como estavamos quando virei a cara para olha-la e estava proximo dos labios dela.

Não posso mentir, estava a gostar da noite. Ainda bem que ele ficara. Não pude deixar de me arrepiar quando ele se aproximou tanto de mim. Mas não um "afasta-te daqui" arrepio, um daqueles arrepios que só o queremos ainda mais próximo. Atribuía essa sensação ao excesso de comprimidos. - Obrigada - murmurei, repetindo os movimentos dele enquanto o fixava.

Dei por mim a olhar os labios dela mas rapidamente mudei o meu olhar. Nao podia negar que estava a gostar desta proximidade. Agarrei na outra faca e continuei a fazer o que fazia, vendo que ficavamos cada vez mais proximos.

O clima estava a tornar-se meio estranho, meio... quente será a palavra certa? Por momentos esqueci-me completamente da doença e do que é que estava a acontecer, só queria uma desculpa para me voltar a aproximar dele. Quando percebi isso, voltei a fixar-me para o que estava a fazer, em vez de olhar para ele todo jeitoso. - Estás a delirar - disse para mim mesma, baixinho.

-O que se passa? - Afastei-lhe o cabelo da cara quando a ouvi falar, deixando o seu pescoço descoberto. Merda, queria mesmo beija-la. Inspirei fundo.

Ao sentir a respiração dele na minha pele, agora descoberta pelo cabelo, fui obrigada a virar novamente a cara na direcção daqueles olhinhos - Nada - apressei-me a dizer para poder voltar a olhar para os pratos. Desta vez, só pensei para mim Pára, é dos comprimidos, vais-te arrepender.

Aquilo estava a dar comigo em doido. So queria chegar-me perto dela e encosta-la contra o balcão e beija-la ate ficar sem folego. Aclareei a garganta e comecei a fazer-lhe cocegas, suspirando para a sua orelha.

Como é que uma noite tinha deixado o clima tão esquisito? Esquisito não seria a palavra certa. Não agora, não no momento. Mas iria tornar-se, mais tarde. No entanto, não conseguia resistir à tentação. Quando senti cócegas deixei cair o que estava a fazer no balcão e virei-me para ele, tentando pegar-lhe nas mãos para ele parar, entre gargalhadas.

Continuei com as cócegas, fazendo-lhe ainda mais e prendi-lhe as maos contra o balcao, rindo-me e olhei-a nos olhos, apercebendo-me que estávamos colados. Não resisti mais e puxei-a para mim, beijando-a.

Outra coisa a admitir: aquele era o meu primeiro beijo. Ser uma rapariga doente nunca me tinha dado tempo nem de namorar, nem de rapazes que o quisessem tentar. Isso nunca tinha afectado muito. Eu sei, nunca fiz muito sentido. Que tipo de rapariga aos 17 anos que vai morrer quer morrer virgem? Eu não, mas também não quero perder tempo a procurar um rapaz perfeito para depois ele ficar sem mim, e também não estou disposta a foder um qualquer. Sempre fui esquisita, eu própria sei disso - quero aproveitar o tempo que me resta, e ao mesmo tempo quero ficar em casa. Sentido, nunca soube o que era. Mas alinhei no beijo. Ou ele tinha posto algo na comida ou era mesmo efeito dos comprimidos. Nunca na vida eu no meu estado natural faria uma coisa daquelas... acho eu. Quando finalmente os lábios se separaram, fiquei a olhar para ele, estática, e comecei a corar. Não o afastei, pelo contrário, até estava ali bem.

Sorri quando a vi a corar mas nada disse. Cheguei-me perto e passei com os polegares nas suas bochechas rosadas, beijando cada uma delas. Dei-lhe um beijo demorado nos labios, puxando-a pela cintura para mim. Nao disse nada, pois achei que ia estragar aquilo.

Ao senti-lo a beijar-me outra vez, as minhas mãos avançaram para a sua cara, impedindo-o de se afastar de mim. Também me aproximei mais dele, mais ainda, como se fossemos um só. Não sei o que ele estava a achar do beijo, eu devia ser péssima, mas uma coisa é certa: eu estava a adorar.

Fiquei admirado quando se juntou mais a mim, mas em resposta apenas a agarrei firmemente pelas ancas, passando as maos pelas suas costas, fazendo a sua camisola subir ligeiramente. Desci um pouco os beijos pelo seu maxilar e voltei a atacar os labios. Havia algo nela que me fazia querer mais e mais.

Amelia, pára já!! ordenou uma voz na minha cabeça, que eu desobedeci completamente. Não sei bem porquê. Não sei porque queria fazer isto, porquê com ele. Eu sabia onde é que isto ia dar. Eu tinha-o visto a foder a namorada. Estavamos sozinhos. E eu tinha cancro, porra. Mas não conseguia parar. Por muito que tentasse não conseguia. Não é que eu estivesse a tentar, de qualquer das maneiras. Sem separar os nossos lábios, tirei o casaco que tinha vestido. Não queria iniciar algo, mas estava mesmo com calor. Que oportuno.

Se estava admirado, agora ainda mais. Peguei nela pelas coxas, sentando-a no balcao da sua cozinha e puxei-a mais para mim, ficando entre as suas pernas e passei as maos pelas suas costas, enqunato a beijava demoradamente. Tirei-lhe o cabelo da cara e continuei a beija-la, mordiscando-lhe o labio levemente.

Isto era tão estúpido. Até porque eu não sabia o que fazer. Nem tinha protecção. Não tinha nada, para ser mais clara. Não sabia como e o que haveria de fazer porque NUNCA TINHA FEITO. E ele ia achar-me uma merda. Oh bem vais morrer de qualquer das formas, pensei antes de me enroscar mais a ele, enquanto lhe puxava a t-shirt para cima e passava os dedos pelos seus abdominais. Bolas, até de corpo é bom.

Definitivamente , o Luke já não estava a raciocinar. Cheguei-me mais para ela, abrindo-lhe bem as pernas e encaixando-me nela. Ela tinha um toque suave, não sabia explicar. Beijei-lhe o pescoço demoradamente, enquanto a minha mão deslizava para dentro da sua camisola, subindo pelas costas acima e passando pelas costelas de seguida, passando pela linha do soutien. Agarrei-a bem contra mim, pela cintura e olhei-a nos olhos.

Arrepiei-me, não sei bem se da adrenalina, ou de ser a primeira experiência em que me tocaram assim, ou se era mesmo natural - afinal, não conhecia este tipo de sensações. Pus um dos meus braços por baixo da blusa também, juntando-me ao dele, e guiei-o até à abertura do sutiã, que era à frente, no peito. Movi levemente o dedo e abri o sutiã, deixando-o fazer o resto.

Ela abriu o soutien, visto aquilo ser estranho. Lentamente, tirei-lhe a camisola e beijei-lhe o pescoço todo, demorando-me nos seus ombros e na pele mais sensivel deste. Com uma mao, acariciei-lhe os seios ,apertando ligeiramente e com a outra fui descendo pelas suas pernas, subindo para abrir as suas pernas e passar levemente por cima das suas calças na parte intima.

Gemi baixinho e fechei imediatamente a boca, sentindo o coração a bater depressa. Já fizeste merda, pensei. Achei que fora demasiado cedo, mas estava tão no momento, e era tão inexperiente que não me conseguia conter. É claro que já tinha visto pornografia, mas isso não significava que soubesse fazer isto melhor. Mais uma vez, juntei-me à mão dele, impulsionando força na minha zona mais sensível, onde a sua mão já estava. Queria sentir mais e melhor.

Desta nao esperava, de todo. Puxei-a mais para mim, beijando tudo quanto podia, enquanto lhe desapertava as calças e as tirava, rapidamente. Agarrei-a pelo rabo contra mim,vantando-a e colando-a a mim, levando a mao dela a sentir a minha excitaçao. Outra das minhas maos deslizou pela sua barriga ate encontrar as suas cuecas, passei os dedos levemente por cima das cuecas e de seguida comecei a entrar com os dedos devagar nas suas cuecas, enquanto a beijava intensamente.

Quando senti o ...coiso dele, afastei a minha mão rapidamente, talvez demais. Não é não ter gostado, acho que simplesmente não estava preparada para o momento. Mas não quis estragar. Levei a mão até ao cabelo dele, disfarçando, enquanto lhe fazia festas, ou algo parecido a isso, um bocadinho mais violento. Não conseguia evitar essa violência, visto estar a sentir aquilo que queria. E era tão bom, tão... excitante. Gemi mais uma vez, mas desta vez não parei. Estava a ser tão bom.

Os gemidos dela estavam a dar comigo em doido.Continuei a agarrar o seu rabo, tocando em tudo quanto era seu, puxando-o para cima e dando uma ligeira palmada. Com a outra mao, levei dois dedos a sua intimidade, acariciando primeiramente o clitoris e so depois a passar a ponta dos dedos na sua entrada. Ela era apertada..

Como óbvio, não havia nenhum filme de pornografia virgem. Não que eu tivesse visto, pelo menos. E como também era óbvio, eu sabia que o mais provavel era notar-se a minha virgindade. Mas não lhe ia dizer nada, não era capaz. Se ele fosse um rapaz que se prezasse minimamente (honestamente, não parecia tão estúpido a esse ponto) não ia continuar. E claro que eu também não era dotada a masturbações e coisas do género. Não queria mostrar a minha pureza, mas também não queria que ele a descobrisse sozinho. Que ele era capaz de ele começar a desconfiar, quando comecei a juntar gritinhos de dor aos meus gemidos de excitação. - Luuuke - saiu-me dos lábios, agarrando-o com mais força.